Tenochtitlán: a incrível capital asteca conhecida como a ‘Veneza do Novo Mundo’

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Conquista do México por Cortés". O cerco de Tenochtitlán pelo conquistador espanhol Hernán Cortés, durante a conquista do México, da qual Leonel de Cervantes fez parte. 1650

Há cinco séculos, antes da chegada dos conquistadores espanhóis liderados por Hernán Cortés, existia uma cidade grandiosa que encantava quem a conhecia: Tenochtitlán. Situada onde hoje está a Cidade do México, a capital asteca era comparada pelos espanhóis à cidade italiana de Veneza por sua localização em meio a lagos e canais.

Fundada sobre ilhas artificiais no lago Texcoco, a cidade impressionou profundamente Cortés ao ponto de descrevê-la ao imperador Carlos V como “uma cidade dos palácios”. Os relatos do conquistador mencionam ruas largas, metade terra e metade água, nas quais o transporte principal eram as canoas, além de pontes robustas, capazes de suportar vários cavalos ao mesmo tempo.

Pesquisadores como Esteban Mira Caballos, doutor em História pela Universidade de Sevilha, e o historiador mexicano Andrés Lira González destacam que fontes arqueológicas e documentais, incluindo mapas antigos e códices indígenas, revelam uma cidade organizada, com uma engenharia avançada e uma complexa rede de abastecimento de água. Exemplo disso era o aqueduto de Chapultepec, considerado uma obra impressionante de engenharia hidráulica asteca.

Estima-se que Tenochtitlán chegou a abrigar cerca de 200 mil habitantes, tornando-se uma das maiores cidades do mundo na época, comparável em tamanho a grandes centros como Constantinopla ou Bagdá. Para manter essa população numerosa, um vasto comércio e intensivo sistema agrícola sustentavam a cidade, demonstrando o alto nível de organização e sofisticação social do império mexica.

No entanto, a localização privilegiada também representava uma vulnerabilidade, já que dependia constantemente do abastecimento externo de água e alimentos. Cortés, ciente dessa fragilidade, cortou o aqueduto durante o cerco de 1521, agravando o sofrimento dos habitantes e contribuindo decisivamente para a queda da cidade.

Embora tenha sido frequentemente comparada às cidades europeias pelos cronistas espanhóis, Tenochtitlán possuía características únicas e distintamente mesoamericanas, com arquitetura monumental, templos religiosos como o Templo Maior e uma praça central vibrante.

Atualmente, as ruínas de Tenochtitlán continuam a fascinar pesquisadores e visitantes, testemunhando uma civilização cujo legado permanece vivo sob os alicerces da moderna Cidade do México.

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