Finlandeses continuam sendo os mais felizes do mundo, pela 7ª vez consecutiva

O bem-estar dos jovens nos Estados Unidos e na Europa Ocidental está em declínio, conforme apontado pelo Relatório Mundial de Felicidade de 2024, realizado pela Gallup. Mudanças sociais, avanço da inteligência artificial e o impacto das redes sociais podem estar redefinindo a forma como as novas gerações enxergam o mundo.
O Brasil, por outro lado, demonstrou um leve avanço, subindo da 49ª para a 44ª posição no ranking global, segundo a Forbes. No extremo oposto da lista de 143 países analisados, o Afeganistão segue como a nação menos feliz, impactado por crises humanitárias e instabilidade política desde o retorno do Talibã ao poder em 2020.
Os dados mostram que a satisfação dos jovens entre 15 e 24 anos nos EUA caiu drasticamente desde meados dos anos 2000, enquanto na Europa Ocidental essa queda tem sido mais gradual. O estudo sugere que fatores como o aumento da digitalização, mudanças no mercado de trabalho e desafios de saúde mental podem estar influenciando essa percepção.
Os países nórdicos continuam no topo do ranking, com a Finlândia liderando como a nação mais feliz do mundo, seguida por Dinamarca, Islândia, Suécia, Israel, Países Baixos, Noruega, Luxemburgo, Suíça e Austrália.
Curiosamente, os Estados Unidos ficaram em 23º lugar na classificação geral, mas despencaram para a 62ª posição quando analisado apenas o grupo com menos de 30 anos, o que reforça a hipótese de que o impacto da tecnologia e das mudanças sociais têm afetado os jovens de forma distinta.
Por outro lado, nações da Europa Central e Oriental, especialmente aquelas que faziam parte do antigo bloco soviético, apresentaram um aumento significativo na felicidade desde a última edição da pesquisa em 2023 – um crescimento mais evidente entre os jovens.
O relatório da Gallup, realizado ao longo de três anos, entrevistou mais de 100 mil pessoas em 143 países, pedindo que classificassem suas vidas em uma escala de 1 a 10, sendo 10 a melhor vida possível. Os resultados refletem um mundo em constante transformação, onde a inovação tecnológica pode ser tanto uma aliada quanto um desafio para o bem-estar emocional das novas gerações.