Bolsonaro sanciona lei que retira R$ 690 milhões de verbas para ciência e pesquisa: corte de 92%

O presidente Jair Bolsonaro sancionou, nesta sexta-feira (15), a lei que reduz a quantia de R$ 690 milhões do Ministério de Ciência, Tecnologia e Inovações, que seria destinada ao financiamento de pesquisas e projetos científicos. Com o corte, a pasta perdeu cerca de 90% do seu orçamento. O valor será repassado para outros ministérios. As informações são do portal G1.

A mudança foi aprovada pelo Congresso a pedido da área econômica do governo federal. Em justificativa para o pedido, a pasta de Economia alegou que a proposta de orçamento para 2022 aumentará consideravelmente os recursos para projetos de pesquisa.

Do montante total, R$ 34,578 milhões iriam para a Comissão Nacional de Energia Nuclear (Cnen) e os R$ 655,421 milhões restantes seriam destinados ao Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (FNDCT), que apoia os programas e projetos prioritários de desenvolvimento científico e tecnológico nacionais.

De acordo com o governo federal, com a mudança, o maior beneficiário é o Ministério do Desenvolvimento Regional, que irá receber R$ 252,2 milhões, seguido pela Agricultura e Pecuária com R$ 120 milhões e o Ministério das Comunicações, com R$ 100 milhões. A Educação ficará com R$ 50 milhões e a pasta da Cidadania com outros R$ 28 milhões. 

Redução dos investimentos em pesquisa cai desde 2015.

Universidades se pronunciaram sobre o corte

Universidades pelo Brasil lançaram notas oficiais a respeito.

A UFRJ lançou nota oficial: “Nota sobre corte de 92% de recursos em ciência, tecnologia e inovação” em seu site a respeito do corte de 92%

A UFMG publicou o Editorial: Cortar orçamento da ciência é sabotar o desenvolvimento do país

A Academia Brasileira de Ciência publicou o Artigo: Corte de 92% das verbas da ciência irá afetar pesquisa na Antártica a partir de março, diz cientista da UFRGS

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