A Amazônia está se aproximando de um ponto sem retorno – mas pode ainda não ser tarde demais

Foto: Rodrigo Baleia

O ponto de não retorno

As florestas do mundo estão encolhendo. Por anos, eles resistiram a um grande impacto humano. Mas de acordo com um estudo publicado na revista Science Advances no início deste ano, eles podem estar chegando a um ponto de crise. Se o desmatamento ultrapassar 20% de sua propagação original, a Floresta Amazônica terá atingido o “ponto de não retorno”.

No estudo, Thomas Lovejoy e Carlos Nobre tentam estabelecer concretamente esse ponto de inflexão, bem como identificar concretamente o que deve acontecer para que seja alcançado. Essencialmente, eles queriam saber até que ponto o desmatamento poderia progredir antes que o ciclo da floresta da floresta deixasse de apoiar os ecossistemas dentro dele.

“Se o clima mudar pelo desmatamento ou pelo aquecimento global há o risco de que mais de 50% da floresta amazônica se torne uma savana degradada”, disse Nobre à Euronews, enfatizando que nos últimos 50 anos o desmatamento chegou a cerca de 17 milhões de hectares. por cento da vegetação da Amazônia.

Pelas suas estimativas, seriam necessários apenas três por cento adicionais para tornar a floresta tropical irrecuperável.

Embora o desmatamento represente um risco iminente e grave para a floresta tropical, não é a única ameaça a esses ecossistemas. As alterações climáticas e o uso do fogo também desempenham um papel importante na ruína em curso desta região. Além de potencialmente dizimar o que restou da floresta tropical (e da vida selvagem que a habita), a degradação do ciclo da água também teria um impacto severo na população humana da América do Sul.

Apesar dessa previsão sombria, ainda não chegamos ao ponto em que não há como voltar atrás. A Floresta Amazônica pode estar perto do ponto sem retorno, mas ainda não passou. O tipo certo de intervenção humana poderia ajudar a afastar a floresta da desgraça iminente mas à luz da destruição que já foi feita e da velocidade de sua continuação, acabar com ela não será fácil.

Com informações do World Economic Forum

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